Nove anos de prisão foi a pena com que o tribunal de Mirandela condenou Alfredo Palas.
A sentença ontem proferida por um acórdão do colectivo de juízes é a mais pesada em casos ligados à prostituição na região de Trás-os-Montes, onde nos últimos meses foram julgados mais dois processos com penas até sete anos de prisão.
O principal arguido de uma rede de prostituição com sede na cidade de Mirandela foi condenado pelos crimes de lenocínio, sequestro e exploração de mulheres brasileiras em duas casas de alterne localizadas em Mirandela e Vinhais.
Segundo a agência de notícias Lusa “o acórdão do colectivo de juízes obriga ainda o principal arguido, Alfredo Palas, a devolver ao Estado 724 mil euros de proveitos de actividade ilícita ligada à prostituição” , tendo o mesmo acórdão declarado “perdidos a favor do Estado imóveis, prédios rústicos, dinheiro e viaturas apreendidos, sobretudo ao empresário da noite, mas também a outros arguidos, como um dos dois taxistas condenados com penas suspensas por auxílio à imigração ilegal”.
Mais nove arguidos foram condenados no mesmo processo; um teve como pena quatro anos de prisão e os outros dois foram condenados a pagar nove mil e 18 mil euros. Dos restantes, quatro tiveram pena suspensa e dois foram absolvidos.Apesar de toda a matéria neste processo ter sido provada, o advogado de defesa de Alfredo Palas declarou que vai recorrer da sentença.
NN [29-07-2005]
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