sábado, 1 de janeiro de 2005

Barragem do Sabor considerada pela Quercus como um dos piores factos ambientais de 2004
A Quercus, principal Associação ambientalista de Portugal, efectuou um balaço ambiental de 2004 e apresentou as suas perspectivas e expectativas para o ano de 2005.
Em conferência de imprensa efectuada no passado dia 28, esta associação elegeu os cinco melhores e os cinco piores "factos ambientais de 2004", apontando as “cinco maiores ameaças" e os seus "cinco maiores desejos ambientais", para o novo ano que hoje dá entrada.
Na apreciação efectuada pela Quercus o ano de 2004 ficou marcado “pela instabilidade política vivida no Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território", onde se sucederam em escassos três anos, três diferentes ministros: Amílcar Theias, Arlindo Cunha e Luís Nobre Guedes.
A Quecus considera que a instabilidade criada pela constante rotação de responsáveis à frente do Ministério, contribuiu para a “ausência de uma estratégia para a área do Ambiente em Portugal, levando a atrasos na resolução de vários problemas ambientais graves e ao enfraquecimento do próprio ministério".
Um dos piores factos ambientais apontados pela Quecus foi a decisão de construir a barragem no Sabor, acusando Arlindo Cunha de ter deliberado a sua construção "à revelia dos conteúdos do estudo de impacte ambiental e do parecer do instituto de Conservação da Natureza", acto que na perspectiva da Quercus significa "a destruição irreversível do último grande rio selvagem".
Mas a Quercus ainda não abandonou a esperança. Para 2005, coloca à cabeça dos cinco maiores desejos o abandono da barragem do Sabor, defendendo esta associação que "é necessário que o futuro governo assuma uma clara posição de defesa da conservação da Natureza e revogue a anterior decisão de construção da barragem".
L.P

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