quinta-feira, 14 de abril de 2005

Mirandela Juiz acusado de frequentar a casa de alterne Palas Bar

Embora muito já se tenha escrito sobre a saga de casas de alterne, esta telenovela da vida real continua com novos episódios no nordeste transmontano. Alfredo Palas, o cérebro deste rentável “negócio” em terras transmontanas, recrutava centenas de mulheres oriundas do Brasil a fim de se prostituírem com a ajuda de angariadores e o proprietário de uma empresa de viagens. Os aeroportos de Madrid e Paris eram a porta de entrada para Portugal, onde eram aguardadas por dois taxistas da Princesa do Tua que as levavam para o seu destino: O Palas Bar, em Mirandela.
Alfredo Palas, depois de as examinar e testar, fazia sexo com elas sem preservativo e algumas vezes de forma sádica. As que considerava mais bonitas ficavam no Palas Bar, e as restantes eram encaminhadas para os outros bares de alterne onde também era proprietário, nomeadamente, Ponte da Soeira, no concelho de Vinhais, e o Cantinflas Bar, em Verim, Espanha, muito perto de Chaves.Qualquer tentativa de revolta por parte das alternadeiras do Palas Bar, eram castigadas fisicamente pelo proprietário e reencaminhadas para outros bares.
O arguido principal, Alfredo Palas, é acusado de um crime de associação criminosa, um de associação de auxílio à imigração ilegal, 86 de lenocínio, 58 de sequestro e ainda outros dois: detenção de arma proibida e de pistolas transformadas, o que perfaz 148 crimes.Joaquim Cipriano, gerente do Ponte da Soeira, acusado de 58 crimes; Susana Morais; Jorge Teixeira; João Vaz; Cátia Silva, acusados de 118 crimes cada. Os taxistas que efectuavam os transportes, Francisco Correia e Manuel Pinto, são acusados de 2 crimes cada.
Bens móveis, imóveis, propriedades e à volta de 600 mil euros em dinheiro, (soma não declarada às finanças e obtida em aproximadamente um ano) foi a apreensão feita pela Polícia Judiciária do Porto ao principal arguido.Aquando do encerramento do Palas Bar, as autoridades encontraram na mesinha de cabeceira do proprietário do Bar, cerca de 5 gramas de canábis.
Depois das rusgas efectuadas no Palas Bar em Mirandela, pela Polícia Judiciária do Porto, de que resultou a detenção de Alfredo Palas e a identificação de 68 mulheres de nacionalidade Brasileira, algumas destas mulheres declararam que o Juiz do Tribunal de Mirandela era frequentador deste Bar, considerado cliente VIP e com privilégios no estabelecimento, noticia na sua edição de 13 de Abril de 2005 o Jornal Correio da Manhã.
C.M [14-04-2005]

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