quarta-feira, 13 de abril de 2005

Jorge Sampaio por terras de França

O Presidente da Republica Jorge Sampaio iniciou ontem uma visita a França, e a sua estada prolonga-se até à próxima quinta-feira dia 14 de Abril.
Um dos objectivos desta visita de Jorge Sampaio é o de dar a conhecer as vantagens e a dimensão da língua portuguesa no mundo, e no terceiro dia da visita a Paris, irá lançar uma campanha de divulgação onde o site na http://www.jeparleportuguais.com constitui uma das suas inaugurações.
Das visitas agendadas uma é a um liceu em Paris onde se ensina a língua portuguesa e a participação num debate na Universidade de Lyon sobre o tema as vantagens da língua portuguesa e um colectivo de professores do ensino secundário pretende entregar ao Presidente da República, na quinta-feira, em Lyon, data do debate, uma petição para chamar a atenção do perigo da língua portuguesa sair do ensino neste País.
Esta iniciativa foi tomada devido à decisão do Ministério da Educação francês da não abertura de vagas para o recrutamento de professores licenciados de Português para o ensino preparatório e secundário, antevendo-se a diminuição destes cursos.
José Carlos pereiras, um dos responsáveis por esta petição, que conta com assinaturas de professores da região de Bordéus, Paris, Nice e Lyon, em declarações à Lusa diz que esta é uma forma de demonstrar o “desespero” da falta de apoio dos Estados francês e português disse à Lusa um dos responsáveis desta iniciativa. "Queremos chamar a atenção do presidente Jorge Sampaio para a situação do ensino do Português em França, do primário ao universitário", afirmou José Carlos Pereira à mesma fonte.
Uma das preocupações também tem a ver com o ensino ao nível do ensino básico e o governo português tem como objectivo diminuir o número dos cursos de Língua e Cultura de Origem (LCO) criados nos anos 1970 para os filhos dos emigrantes e substituir por cursos de Língua Viva Estrangeira (LVE), incluindo o ensino de outras línguas estrangeiras, abrindo as portas a crianças de outras nacionalidades.João Carriço do Sindicato dos Professores de Português no Estrangeiro, (SPE) e da (FENPROF), afirma que: "O problema destes cursos é que são mais ou menos artificiais, abertos à força nas escolas pelo ministério, academias [administração educativa ao nível regional] e directores das escolas e não a pedido dos pais”, e sublinha que o Estado português também tem "interesse em manter os laços com os luso-descendentes, que são um potencial económico e poderão exercer uma influência a favor de Portugal.
A conselheira da Embaixada de Portugal, Gertrudes Amaro, defende que o ensino da língua portuguesa deverá manter-se como "veículo do desenvolvimento social e cultural na Europa e no Mundo, contribuindo para a diversidade cultural”.
C.M [13-04-2005]

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