quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Duarte Caldeira acusou "alguns elementos da GNR" de "tratarem os bombeiros como pirómanos"

Está decididamente instalado o mau estar entre bombeiros e GNR. O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Duarte Caldeira, acusou "alguns elementos da GNR" de "tratarem os bombeiros como pirómanos".

O estalar do verniz entre as duas instituições tem como origem os vários conflitos que têm oposto a GNR e os bombeiros relativamente à questão do contra-fogo. Alguns Grupos de Intervenção, Protecção e Socorro da GNR (GIPS) têm-se oposto à acção do contra-fogo, enquanto que os bombeiros consideram esta técnica como eficaz para o combate de alguns incêndios florestais.

A polémica surgiu à volta do último caso passado na aldeia de Avinhó, concelho de Vimioso, em que bombeiros e elementos de um GIPS entraram em conflito devido ao entendimento que têm sobre a utilização dessa técnica.

Duarte Caldeira considera que a "situação é lamentável por envolver profissionais do mesmo ofício", e com objectivos comuns enquanto agentes no terreno Protecção Civil.

Mas em causa está apenas a actuação de alguns elementos dos GIPS, que, refere Duarte Caldeira, "a coberto da lei, tratam os bombeiros como marginais pirómanos". O presidente da Liga do Bombeiros Portugueses sublinhou que é em Trás-os-Montes onde se tem verificado situações de conflito mais frequentes.

A técnica do uso do fogo para controlo d e incêndios integra todos dos manuais dos bombeiros e é aprendida na escola nacional onde recebem formação. A discussão anda à volta da legalidade do contra-fogo. Se é verdade que a lei geral proíbe o uso do fogo na época de incêndios, também é verdade que uma directiva da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), de Abril de 2009, admite a utilização desta técnica apenas pelos bombeiros. Esta norma permite como metodologia de combate a fogos florestais a" utilização coordenada de fogo de supressão, sob a responsabilidade de técnico credenciado para o efeito pela Autoridade Florestal Nacional ou, após autorização expressa da estrutura de comando da ANPC".

O Comando Geral da GNR ainda não respondeu às críticas de Duarte Caldeira.

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