quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Não se nasce leitor

A Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, com o apoio da Biblioteca Nacional e do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, promoveu, nos dias sete e oito de Novembro, no Centro Cultural da cidade, uma acção de formação com o tema “Não se nasce leitor”. Uma formação, orientada por Rui Veloso, Mestre em Literatura Portuguesa Infantil e professor – adjunto na Escola Superior de Educação de Coimbra, que visa dar a conhecer a realidade dos níveis de literacia em Portugal e definir estratégias que cativem, sobretudo, os jovens e idosos à leitura.
Segundo Rui Veloso, “a leitura tem que ser fonte de gozo estético”, ou seja, por um lado, “os educadores de infância devem saber escolher os livros que lêem às suas crianças e, por outro lado, no primeiro ciclo do ensino básico, os alunos deveriam ler, integralmente, em cada ano escolar, cerca de 10 livros de bons autores infantis”. O Mestre em Literatura Infantil acrescenta ainda que “esta acção pretende mostrar aos professores que leitura literária e leitura recreativa não se devem confundir, mas podem coabitar no mesmo espaço”.
A autarquia local preocupa-se com o elevado grau de iliteracia que atinge as camadas juvenil e idosa da região transmontana e considera fundamental “criar hábitos de leitura”, como afirma Sílvia Garcia, vereadora da cultura e da educação da Câmara Municipal de Macedo.
Além da acção de formação “Não se nasce leitor”, a autarquia conta com o projecto “Aprender a ler na Terra Quente Transmontana”, que pretende “incumbir o gosto pela leitura e pela oralidade como forma de passar informação às próximas gerações, onde é regra fundamental um bom relacionamento entre jovens e idosos”, conforme acrescenta a vereadora macedense.
Elisabete Paredes [09-11-2005]

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