quarta-feira, 3 de agosto de 2005

Macedo de Cavaleiros: Alfabetização aumenta de dia para dia

Em 1921, Macedo de Cavaleiros encontrava-se na última posição do ranking distrital da taxa de analfabetismo. Nos últimos vinte e quatro anos foi o município que mais recuperou e apostou na formação dos seus cidadãos. Grande parte dos louros deste sucesso deve-se aos programas de Elísio Vaz, representante da Coordenação Concelhia do Ensino Recorrente e Extracurricular, implementados nas várias aldeias que compõem as trinta e quatro freguesias do concelho de Macedo de Cavaleiros. A escola ficou mais próxima dos aldeãos e muitos daqueles que não tinham tido a oportunidade de realizar os seus estudos primários na infância passaram a fazê-lo já na maioridade.
Com estas medidas, em 1991 o concelho macedense já contava com uma taxa de analfabetismo de apenas 17,8%, e menos os cidadãos que eram obrigados a carimbar o dedo na repartição das finanças como forma de substituição da assinatura.
Os últimos dados são referentes ao ano de 2001 quando Macedo de Cavaleiros possuía já uma percentagem que rondava os 15 valores percentuais. Mas, a recuperação não termina por aqui e, segundo Elísio Vaz, a taxa de analfabetismo terá diminuído ainda mais. Neste momento, o responsável suspeita da existência de uma percentagem variável de 12 a 13% de analfabetos no município de Macedo de Cavaleiros.
Em relação aos concelhos pior classificados no ranking distrital, Elísio Vaz não quis avançar números, mas refere aleatoriamente que se trata de Freixo de Espada à Cinta, Vimioso e Vinhais. Em primeiro lugar, como o concelho com o maior número de pessoas alfabetizadas aparece Bragança, com uma taxa de sucesso cerca de 89% da população, sendo seguida por Mirandela, apenas com menos um ponto percentual.
No entanto, Elísio Vaz vai abandonar as funções que desempenha até agora na Coordenação do Ensino Recorrente e Extracurriculares, uma vez que o seu pedido de destacamento foi negado e o obriga a abandonar um trabalho de vinte e quatro anos. O responsável não considera que estes projectos morram no futuro, mas garante que vai haver mudanças nos seus níveis de intervenção, devido à nova política educativa do governo socialista de José Sócrates.
Miguel Midões[03-08-2005]

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