Os ciganos são um povo nómada que ama a música, as cores alegres e a magia. Foram expulsos pelos invasores árabes há quase 3 mil anos da região noroeste da Índia, onde hoje é o Paquistão. Saltitaram pelas Terras Orientais, “invadiram” o Ocidente e hoje estão espalhados por todo o mundo.
A etnia cigana continua a ser rejeitada em pleno século XXI.
A comprova-lo estão as dificuldades com que a Câmara Municipal de Bragança se tem deparado junto das populações, que não vêem com bons olhos e rejeitam qualquer tipo de inserção de indivíduos desta etnia.
Realojar estas comunidades que vivem em barracas fora da cidade de Bragança sem as condições básicas necessárias de habitabilidade é a meta principal da autarquia que aposta na aquisição de 25 casas espalhadas pelas diversas aldeias do concelho de Bragança restaurando-as para realojar estas famílias em vez de as concentrar apenas num bairro social.
Jorge Nunes, presidente da autarquia, confirma que este projecto de realojamento dos ciganos, não tem evoluído, afirmando que "há imóveis que já estão a ser negociados, mas, quando as populações se apercebem, começam logo as pressões sobre as Juntas de Freguesia e, mesmo, sobre os proprietários das casas”.
Uma equipa constituída pela autarquia, Segurança Social, Pastoral dos Ciganos da Diocese de Bragança-Miranda e Instituto de Emprego e Formação Profissional fazem parte do grupo de trabalho do Projecto de Realojamento de População Residente em Barracas (REPCIG).
Embora o presidente da autarquia se mostre optimista, se não houver progressos a curto prazo, e os principais objectivos não forem cumpridos, corre-se o risco que o REPCIG não realoje os 90 ciganos, onde 47 são crianças e grande parte delas não frequenta a escola.
C.M [11-05-2005]
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