O processo de encerramento de algumas maternidades de norte a sul do país foi adiado para 2005. A decisão de fechar algumas maternidades, onde se incluem a de Bragança e Mirandela, resultará de um ronda de encontros entre responsáveis da Comissão de Saúde Materna e Neonatal e membros dos serviços de obstetrícia dos hospitais com um número de nascimentos abaixo dos índices considerados como aceitáveis para que uma maternidade possa funcionar.
As audições vão começar já em Janeiro e prolongar-se-ão até Maio do próximo ano.Segundo Luís Filipe Pereira, em declarações à LUSA, “ o encerramento de algumas maternidades deve-se a razões clínicas e de risco para os doentes e não a questões de poupança”.
Segundo o Ministro, o diminuto número de partos em algumas maternidades poderá contribuir para uma diminuição dos serviços médicos prestados, já que uma falta de prática destes profissionais poderá ser prejudicial em casos de maior gravidade das parturientes, sublinhando que “ ao contrário do que se tem dito aqui a questão não é economicista”. Luís Filipe Pereira prometeu ponderação na análise de cada caso, devendo ser considerados um conjunto de factores que têm a ver com a geografia e os interesses das populações locais.
Com a recente decisão do Presidente da República em dissolver o Parlamento, e com ele o actual Governo, a questão do encerramento das maternidades deverá ficar em banho- maria, não se sabendo o que no futuro irá acontecer.
NN
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