A Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT), o Instituto
Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e a Sociedade
Portuguesa de Cuidados Intensivos (SPCI) realizam em conjunto o
simpósio «Da doação e colheita de órgãos à transplantação», que
tem como finalidade estimular a reflexão sobre o decréscimo dos
números da transplantação em Portugal, bem como soluções para
que, nos próximos anos, se verifiquem sinais de recuperação.
Dirigido a profissionais de saúde, o simpósio está agendado para
os próximos dias 6 e 7 de dezembro, no Hotel Sana em Lisboa.
O primeiro dia do encontro será assinalado por um debate sobre o
atual enquadramento ético e legislativo da doação e da colheita de
órgãos, numa altura em que a legislação em vigor deverá ser
revista no sentido de publicar uma nova Lei Nacional da
Transplantação, e pela discussão da realidade ibérica no que
concerne aos critérios de distribuição de órgãos.
Esta sessão
contará com a presença da Dr.ª Ana França, coordenadora
nacional de transplantação, que apresentará o panorama nacional,
e da Dra. Elisabeth Coll, da Organização Nacional de
Transplantes de Espanha, na qualidade de oradora convidada,
uma discussão moderada pelo Dr. José Guerra, do Serviço de
Nefrologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar Lisboa
Norte/Hospital de Santa Maria, e pela Dr.ª Maria João Aguiar,
coordenadora da extinta Autoridade dos Serviços do Sangue e da
Transplantação.
“A taxa de dadores cadáver e de transplantação em Portugal
ainda é superior à média europeia, no entanto, tem vindo a
decrescer desde 2010.
Esse decréscimo foi muito significativo em
2012. No primeiro semestre de 2013 houve uma ligeira melhoria
no número de dadores mas sem impacto significativo no número
de transplantes, pois o aumento da idade média dos dadores
condiciona menor aproveitamento dos órgãos colhidos.
Felizmente, no transplante renal de dador vivo verificou-se um
aumento no primeiro semestre de 2013, mas é desejável
aumentar todos os tipos de transplantes pois nunca se conseguem
transplantar todos os doentes que necessitam, devido à falta de
órgãos”, defende Fernando Macário, presidente da SPT.
O «Diagnóstico da situação da transplantação em Portugal:
análise do relatório do grupo de trabalho para a diminuição do
número de transplantes» será outro dos temas que irá marcar o
segundo dia do simpósio e que será explicado pelo Prof. Hélder
Trindade, presidente do IPST.
Por fim, um painel de discussão
sobre a escassez de dadores e as limitações impostas à
transplantação, constituído por especialistas de relevo no campo
da transplantação nacional, encerrará o simpósio.
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