A Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) e a Associação Portuguesa de Médicos de Clínica Geral e Familiar (AMCGF) estão a promover junto das unidades de cuidados de saúde primários o estudo “TEDDI CP: Terapêutica Efetuada nas Pessoas com Diabetes nos Cuidados Primários” que pretende caracterizar e determinar a taxa de controlo metabólico das pessoas com diabetes tipo 2, descrevendo as características sociodemográficas da população com diabetes, fatores de risco metabólico e as abordagens terapêuticas escolhidas por estas instituições.
O TEDDI CP é um estudo epidemiológico, observacional, transversal, nacional, multicêntrico no qual serão incluídos 1500 sujeitos maiores de 18 anos, excluindo grávidas e doentes com diagnóstico de diabetes tipo 1. Na iniciativa estarão também envolvidos 150 médicos de medicina geral e familiar, abrangendo 50 unidades de saúde.
Em 2006 foi lançada o primeiro estudo TEDDI, que avaliou a forma como os cuidados diferenciados estavam a efetuar o controlo metabólico das pessoas com diabetes tipo 1 e 2.Os resultados demonstraram que há uma elevada prevalência de fatores de risco cardiovascular nesta população. Assim, foi identificada uma maior incidência destes fatores no grupo dos das pessoas com diabetes tipo 2: mais de 80% dos inquiridos tinha fatores de risco associados, contra os 19% no grupo das pessoas com diabetes tipo 1. Verificou-se que 62,5% do total da amostra tinham hipertensão arterial; 51% hipercolesterolemia; 47,3% níveis elevados de colesterol LDL («colesterol mau»); 40% níveis baixos de colesterol HDL («colesterol bom»).
Muitos destes doentes já tinham um histórico preocupante de patologias: 7,9% tinham sofrido um AVC e 7,6% um enfarte de miocárdio. Concomitantemente 8,4% tinham angina de peito; 11,2% doença arterial periférica e 3,4% reportaram uma crise de hipoglicemia grave, que obrigou a, pelo menos, uma ida às urgências.
Quando somada a outros factores de risco, como a hipertensão arterial ou colesterol elevado, o risco de ocorrência de complicações decorrentes desta combinação aumenta.
Luís Medina, presidente da SPD, explica que “dado que uma grande percentagem dos doentes com diabetes tipo 2 são seguidos em unidades de cuidados primários, e na primeira vaga do estudo TEDDI pudemos observar que há um descontrolo metabólico nesta população lançamos agora o estudo TEDDI CP, que nos permitirá perceber se os doentes acompanhados pelos cuidados primários estão devidamente controlados, pois uma diabetes mal controlada é, em si, um factor de risco para o desenvolvimento de uma série de patologias, entre elas o enfarte do miocárdio ou acidentes vasculares cerebrais. É necessário dizer que muitas vezes as pessoas diabéticas não colaboram ou colaboram parcialmente com o seu médico no sentido de seguir todos os seus conselhos terapêuticos”.
O especialista acrescenta que “quando somada a outros fatores de risco, como a hipertensão arterial ou colesterol elevado, o risco de ocorrência de complicações decorrentes desta combinação aumenta. Reduzindo as complicações, a pessoa com diabetes sofre menos e vai alcançar-se um conjunto de efeitos positivos, capaz de baixar os gastos do Serviço Nacional de Saúde com estas situações, fundamental no contexto que vivemos atualmente”.
João Sequeira Carlos, presidente da APMCGF, realça o papel dos cuidados primários no controlo da diabetes e explica que “a correta caracterização epidemiológica do controlo metabólico das pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 em Portugal só é possível quando efetuada nas Unidades de Cuidados de Saúde Primários. É a este nível que a esmagadora maioria dos casos são acompanhados regularmente por Médicos e Enfermeiros de Família com o objetivo de diminuir a incidência das complicações graves desta patologia.”
A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia. A diabetes é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens.
De acordo com o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, em 2009, 12,3% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos (cerca de 980 mil pessoas) tinha diabetes, ultrapassando largamente as previsões da Organização Mundial de Saúde (OMS), que apontava para os 8% daqui a 14 anos. Destes 980 mil portugueses, cerca de 430 mil não sabe que tem esta patologia.
O TEDDI CP é um estudo epidemiológico, observacional, transversal, nacional, multicêntrico no qual serão incluídos 1500 sujeitos maiores de 18 anos, excluindo grávidas e doentes com diagnóstico de diabetes tipo 1. Na iniciativa estarão também envolvidos 150 médicos de medicina geral e familiar, abrangendo 50 unidades de saúde.
Em 2006 foi lançada o primeiro estudo TEDDI, que avaliou a forma como os cuidados diferenciados estavam a efetuar o controlo metabólico das pessoas com diabetes tipo 1 e 2.Os resultados demonstraram que há uma elevada prevalência de fatores de risco cardiovascular nesta população. Assim, foi identificada uma maior incidência destes fatores no grupo dos das pessoas com diabetes tipo 2: mais de 80% dos inquiridos tinha fatores de risco associados, contra os 19% no grupo das pessoas com diabetes tipo 1. Verificou-se que 62,5% do total da amostra tinham hipertensão arterial; 51% hipercolesterolemia; 47,3% níveis elevados de colesterol LDL («colesterol mau»); 40% níveis baixos de colesterol HDL («colesterol bom»).
Muitos destes doentes já tinham um histórico preocupante de patologias: 7,9% tinham sofrido um AVC e 7,6% um enfarte de miocárdio. Concomitantemente 8,4% tinham angina de peito; 11,2% doença arterial periférica e 3,4% reportaram uma crise de hipoglicemia grave, que obrigou a, pelo menos, uma ida às urgências.
Quando somada a outros factores de risco, como a hipertensão arterial ou colesterol elevado, o risco de ocorrência de complicações decorrentes desta combinação aumenta.
Luís Medina, presidente da SPD, explica que “dado que uma grande percentagem dos doentes com diabetes tipo 2 são seguidos em unidades de cuidados primários, e na primeira vaga do estudo TEDDI pudemos observar que há um descontrolo metabólico nesta população lançamos agora o estudo TEDDI CP, que nos permitirá perceber se os doentes acompanhados pelos cuidados primários estão devidamente controlados, pois uma diabetes mal controlada é, em si, um factor de risco para o desenvolvimento de uma série de patologias, entre elas o enfarte do miocárdio ou acidentes vasculares cerebrais. É necessário dizer que muitas vezes as pessoas diabéticas não colaboram ou colaboram parcialmente com o seu médico no sentido de seguir todos os seus conselhos terapêuticos”.
O especialista acrescenta que “quando somada a outros fatores de risco, como a hipertensão arterial ou colesterol elevado, o risco de ocorrência de complicações decorrentes desta combinação aumenta. Reduzindo as complicações, a pessoa com diabetes sofre menos e vai alcançar-se um conjunto de efeitos positivos, capaz de baixar os gastos do Serviço Nacional de Saúde com estas situações, fundamental no contexto que vivemos atualmente”.
João Sequeira Carlos, presidente da APMCGF, realça o papel dos cuidados primários no controlo da diabetes e explica que “a correta caracterização epidemiológica do controlo metabólico das pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 em Portugal só é possível quando efetuada nas Unidades de Cuidados de Saúde Primários. É a este nível que a esmagadora maioria dos casos são acompanhados regularmente por Médicos e Enfermeiros de Família com o objetivo de diminuir a incidência das complicações graves desta patologia.”
A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia. A diabetes é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens.
De acordo com o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, em 2009, 12,3% da população portuguesa entre os 20 e os 79 anos (cerca de 980 mil pessoas) tinha diabetes, ultrapassando largamente as previsões da Organização Mundial de Saúde (OMS), que apontava para os 8% daqui a 14 anos. Destes 980 mil portugueses, cerca de 430 mil não sabe que tem esta patologia.
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