quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Amostras do laboratório de patologia clínica do Hospital de Macedo de Cavaleiros viajam 41 quilómetros para serem analisadas

Mais um caso no Serviço Nacional de Saúde (SNS) da região. O programa de contenção de despesas está-se a reflectir nos serviços de saúde prestados no Hospital de Macedo de Cavaleiros.

Hospital de Macedo de Cavaleiros
Agora, a questão anda à volta do laboratório de patologia clínica deste hospital que há cerca de um ano encerra às 20h00, fins-de-semana e feriados, impedindo desta forma que se façam as necessárias análises clínicas aos doentes aqui internados.

Sempre que é necessário fazer análises nos períodos nocturnos, fins-de-semana ou feriados, as amostras de sangue são colhidas e enviadas através do IP4 para o laboratório do Hospital de Bragança, situado a 41 quilómetros de distância, apesar do laboratório do Hospital de Mirandela ficar 15 quilómetros mais perto.

O alerta foi feito pela candidata à Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, que tomou conhecimento deste facto nas visitas que efectuou às unidades de saúde.

A falta de um controlo imediato da circulação sanguínea pode colocar em risco de vida um qualquer doente que tenha que esperar que as amostras do seu sangue viagem cerca de 41 quilómetros para serem analisadas, com os imprevisíveis tempos de demora que poderão, em alguns casos, ser fatais.

Uma realidade que poderá colocar numa situação particularmente delicada um doente que, por exemplo, estiver a sofrer de um enfarte do miocárdio.

Segundo noticia o Correio da Manhã, fonte do hospital de Macedo de Cavaleiros, que pediu para não ser identificada, afirmou que "o hospital tem dos melhores blocos operatórios do País, mas tem vindo a perder valências, como a traumatologia, que passou para Bragança".

Segundo o mesmo diário, uma outra fonte, também não identifica, da administração do Centro Hospitalar do Nordeste, que integra as três unidades, afirmou que o "laboratório funciona há um ano com aquele horário, sem problemas, e os utentes não são prejudicados".

A mesma fonte acrescenta que o "tempo de resposta entre o transporte da amostra e o envio online do resultado não é superior ao tempo em que o técnico, de prevenção, se deslocava de casa, colhia a amostra, calibrava aparelhos e obtinha o resultado".

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