segunda-feira, 8 de maio de 2006

Também temos o direito de nascer na nossa terra

Milhares de pessoas concentraram-se ontem, dia 6 de Maio, numa vigília frente ao hospital de Mirandela.

O evento, organizado pela Câmara Municipal local, teve como principal objectivo mostrar o descontentamento público contra a decisão governamental de encerrar uma das duas maternidades que integram o Centro Hospitalar no Nordeste Transmontano.

Além de um significativo número de populares, cerca de 4 mil pessoas, estiveram ainda presentes dez dos doze autarcas que integram as circunscrições autárquicas do distrito de Bragança.

O descontentamento é generalizado, e os autarcas sustentam a sua argumentação na dispersão geográfica e na falta de vias de comunicação que garantam uma mobilidade célere e segura para as parturientes. Por isso, lutam pela manutenção das maternidades de Mirandela e Bragança.

A maternidade de Mirandela trabalha com duas obstetras, recebe as grávidas dos 7 concelhos limítrofes e durante o ano de 2005 realizou 425 partos. Em Bragança existem 3 obstretas, realizou no mesmo ano 395 partos e recebe as mulheres dos restantes cinco concelhos do distrito.

Apesar das da preocupação dos autarcas, a decisão tomada pelo Ministro da Saúde parece irreversível, e até ao final do ano o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Nordeste deverá decidir qual a sala de partos que será mantida para servir as mulheres nordestinas.

[07-05-2006] NN

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