Sobrinho Teixeira reconheceu, em declarações à Lusa, que porventura as instituições envolvidas enganaram-se e a crise não será tão forte como a perceção geral.
À semelhança do que já acontece em outras zonas do país, este programa pretendia encontrar acolhimento para estudantes mais carenciados em casa de idosos que vivem sós, contribuindo para solucionar dois problemas sociais de duas gerações diferentes.
A ideia era avançar com algumas experiências no ano letivo que está a começar, mas não houve candidatos, nem da parte dos estudantes, nem entre os idosos, numa região envelhecida em que a maioria dos mais velhos enfrenta o problema da solidão.
O presidente do IPB admitiu que tenha havido por parte dos idosos algum receio de "abrirem as portas a estudantes" por motivos de segurança, apesar das garantias de acompanhamento por parte das instituições envolvidas.
Outras das razões encontradas pelo responsável prende-se com "alguma vergonha dos próprios estudantes em assumirem uma condição vista como menor capacidade financeira, embora não fosse essa a mensagem".
"Era, sobretudo, um gesto solidário entre gerações diferentes que iam ser solidárias nos seus problemas", realçou, manifestando "algum desgosto" pela falta de resultados. Sobrinho Teixeira estranhou ainda esta reação de medo numa cidade com "uma realidade em que as pessoas se conhecem e existe alguma autoconfiança entre os cidadãos e os alunos" do politécnico.
Nos últimos meses, várias instituições, desde o politécnico à câmara municipal, juntas de freguesia, instituições de solidariedade social e diocese trabalharam neste programa.
Apesar do empenho, não houve candidatos. Ainda assim, o presidente do IPB garantiu que "o programa não está completamente abandonado".
HFI // SSS.
Lusa/fim
Fonte: Agência Lusa
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