terça-feira, 23 de maio de 2006

Maio «mês do coração»

Cerca de dez mil pessoas morrem anualmente por todo o país vítimas de doenças cardiovasculares.

E como medida profiláctica desta doença o Núcleo Regional da Fundação Portuguesa de Cardiologia está a promover, desde o início deste mês de Maio, que é considerado o mês do coração, um rastreio gratuito nas instalações da Cruz Vermelha, à população do distrito de Bragança.

O peso, a altura, a massa corporal e a tensão arterial, fazem parte dos rituais do rastreio e se alguma pessoa estiver em risco cardíaco é logo encaminhada para o sítio certo. É de salientar que o excesso de peso, os hábitos alimentares e o stress são os maiores responsáveis pelo índice elevado desta doença.

O presidente do Núcleo Regional, Carlos Cadavez, afirma que “há a probabilidade de, em cada dez pessoas, cinco padecerem de doenças cardíacas”.

O responsável aposta na prevenção, e revelou que ele próprio, durante muitos anos, fez “tudo errado” e depois de anos a “fumar, a comer de tudo e com uma vida sedentária, sem tempo para nada”, por isso, pretende que a sociedade civil se organize no sentido preventivo. “Basta apenas meia hora de caminhada e cuidados ao nível da alimentação” declara.

A gordura ao nível abdominal é considerada uma das mais perigosas, dado que produz substancias tóxicas que por sua vez agridem o coração e as artérias.

“Os homens com mais de 40 anos e as mulheres com mais de 50 anos deviam, pelo menos anualmente, saber como vai o seu motor”, aconselha Carlos Cadavez.

Num futuro próximo, a aposta prende-se com um “projecto global”, permitindo que a prevenção, esteja ao alcance de todos. Vai ser debatida em conjunto com a Sub-Região de Saúde, a Escola de Enfermagem, a Câmara Municipal, o Governo Civil, o Centro Hospitalar do Nordeste e a Cruz Vermelha uma estratégia para a prevenção desta doença.

Com o intuito da construção de um centro de reabilitação para doentes cardíacos, Carlos Cadavez revelou que a Fundação Portuguesa de Cardiologia está já a preparar um trabalho para a candidatura ao INTERREG, realizando assim um “velho sonho”.

Lisboa e o Porto são os únicos lugares do nosso país que têm centros de reabilitação cardíaca e uma vez que, “em Bragança, os doentes estão desprotegidos”, era um excelente local para a instalação de um centro estes doentes.

Algumas das funções destes centros é a de acompanhamento dos doentes, monitorizando-os e dando-lhes apoio ao nível da fisioterapia, da cardiologia, da psicologia e outros.

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