No Dia Mundial da Alimentação, a organização do projeto “Sabores com Saúde” alertou para esta realidade, num país em que se estima que mais de metade das crianças tenham excesso de peso.
“Há cada vez mais investigadores por todo o mundo a debruçarem-se sobre este problema. Temos olhado para a obesidade exclusivamente como uma questão relacionada com o peso, e portanto a tendência é abordá-la pela necessidade de uma reeducação alimentar, nem sempre focada na reposição de nutrientes à pessoa em causa, mas apenas na redução do peso”, explica Soares Neto, Diretor das Clinicas EM FORMA e um dos coordenadores de “Sabores com Saúde”.
“A opção por regimes alimentares centrados neste objetivo, sobretudo quando realizados sem o auxílio de um especialista, é um dos fatores de maior agravamento desta condição”, continua.
A subnutrição a nível celular, em pessoas com excesso de peso, é explicada em casos em que a situação deriva de uma alimentação caraterizada por uma forte ingestão de gorduras e açúcares. A rápida absorção e deficiente nutrição provocam um ciclo vicioso de procura por mais alimentos do mesmo tipo. “Por esse motivo, é possível ter-se excesso de peso e não se estar devidamente alimentado, uma informação que queremos passar aos portugueses e também colmatar, com a criação, por exemplo, de novos receituários no âmbito do projeto ‘Sabores com Saúde’”, expõe o especialista.
“Sabores com Saúde” é uma iniciativa das Clinicas EM FORMA e do Centro de Formação para o Setor Alimentar do IEFP que nasce da união de saberes das áreas da culinária e nutrição, com o intuito de comprovar a real possibilidade de se ter uma alimentação correta, tanto em termos calóricos quanto nutritivos e simultaneamente agradável e saborosa.
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